Dia Grande para Gente Pequena

13,00

Paulo Seara ajusta contas com as telas desbotadas de um sótão peregrino onde ficou sem ficar uma constelação de ideais que o tempo imortaliza nas pinturas incompletas de uma sociedade que não sabe ser pássaro. (…) Dia Grande para Gente Pequena é uma poesia vigorosa que perante uma humanidade onde os dias chovem lâminas deixa em aberto a forte possibilidade de um homem poder ser uma montanha tão grande quanto o tamanho dos seus dias a cumprirem-se. (Nelson Ferraz)

Paulo Seara é, falando a rigor, o Poeta militante, o Apóstolo da Ideia. E ele batalha, e ele labuta, por o sonho, as belas-letras e a lauta Liberdade. E por o Pão partilhado no banquete e na adiafa. (…) Acata, aceita, a Luz do lhano e do Génio; não respeita, nem acata, as autoridades, por mais plutocratas que elas se apresentem. Que o estilo, meu caro, é o homem, as letras não são tretas, e o carácter se desvenda através dos caracteres. E a maior autoridade, mas essa, agora, racional ou razoável, ela vem, de facto, daquele que é Autor. (Paulo Jorge Brito e Abreu)

Dia Grande para Gente Pequena de Paulo Seara, elenco de memórias reincidentes no gume. Epicentro do enredo alagado onde o ego com a passagem do tempo troca o espelho pelo bunker. Neste livro a nicotina cognitiva oprime. O hipotálamo não suporta a turbulência de vencimentos do Neolítico. E a amniótica corrupção perfila homens idolatrando a barbárie. O autor tenta mostrar-nos insistentemente que somos uma dinastia de cérebros áridos com o astrolábio em erosão. Nas múltiplas janelas para a limalha, aprendemos: o poema é a intimidade de um desequilíbrio que leva a fissura ao cume. (Alberto Pereira)

uma busca pela igualdade e o poeta busca o “sol dessa igualdade”. O poeta emigra e observa o caráter abrupto e dual dos contextos migratórios: “Nunca estive um dia no fundo de desemprego / Tu deves estar no rendimento mínimo”. A esquizofrenia comportamental do emigrante faz oscilar o poeta entre “O riso de Demócrito” e “A dor de Heráclito”. A revisitação das origens traça um roteiro pela ruralidade duriense e expressa um certo saudosismo: “Asfaltem-me a estrada para a minha aldeia / Que em Agosto vou lá estar”. O imperativo, quase em súplica, do emigrante que quer voltar, mas que ainda não encontra asfalto para poder voltar. (Cristiana Oliveira)

REF: GU3523896 Categorias: , ISBN: 9789893523896

formato 14,5x22cm / 86 páginas

ISBN 9789893523896

 

Autor

Paulo Seara

Paulo Seara (1981) é natural de Vila Real. Licenciado em Animação e Produção Artística pelo Instituto Politécnico de Bragança em 2005. Escreve poesia desde 1999, tendo colaborado esporadicamente em várias publicações em papel ou online. Colaborou com o blogue Pomar de Letras, no qual publicou poesias, contos, textos soltos e traduções, Inefável - Revista em Rede de Poesia, Interior do Avesso e o jornal online para a diáspora portuguesa "Bom Dia". Vive na Escócia desde 2014, trabalha em Dundee numa IPSS como Support Practitioner. Em 2007 foi coautor do livro "Crónicas do Demencial, o Porquê do Síndrome Nilhoo", editado pela Corpos Editora. Publicou a coletânea de poemas "Livro Daninho" (Edições Bicho de Sete Cabeças, 2016), e "Take Away" (Edições Bicho de Sete Cabeças, 2017) em formato e-book. Em 2020, em pleno confinamento pandémico autoedita "Esparguete com Óleo e Sal", livro de poesia coordenado pela Biografias por Encomenda. Para além de poeta, Paulo Seara é artista visual desde 2005, tendo realizado mais de uma dezenas de exposições em Portugal e no Reino Unido. "Auto-estrada" (2021), editado pelas Edições Esgotadas, é a primeira história de ficção e o terceiro e-book de sua autoria. "O Híbrido", publicado por fascículos no jornal "Bom Dia" é o seu mais recente conto, e foi escrito quase 20 anos após os factos verídicos serem observados na primeira pessoa. Entretanto, escreve poesia, e burila uma nova novela com o título, "O Caderno Dourado". Obra publicada: ACrónicas do Demencial – O Porquê do Síndrome NilhooA (2007) Corpos Editora; "Livro Daninho" (2016) Edições Bicho de Sete Cabeças; "Take Away" (2017) Edições Bicho de Sete Cabeças; "Esparguete com Óleo e Sal" (2020) Edição de Autor; "Auto-estrada" (2021) Edições Esgotadas.