Vazios da Escrita
É um texto para ser lido com lentidão, porventura desordenadamente, ao sabor do imprevisto, furtando em cada página um pensamento, uma experiência, uma história, um verso que nos alumie o dia. Revolta feminina, sofrimento humano, algum cepticismo sobre a real valia da humanidade, pouca alegria, nenhum júbilo – eis o trem de que se compõe esta centena e meia de páginas, rebaptizadas com propriedade de Vazios da Escrita. Vazios da Escrita porque tudo parece desavindo na mente da narradora, ou “desconcertado”, como diria o nosso épico, expressão da desarmonia flagrante entre desejo, vida e mundo. Assim o vive a narradora, assim o transmite nesta obra sofrida, assim o escreve desconexamente, criando um estilo disperso e fragmentário, que força o leitor a participar, comovendo-se, partilhando de idêntica tristeza ou alegria. É um estilo desprovido da aplicação das regras clássicas de ordem, proporção e harmonia, subvertendo em absoluto a tradicional arte da escrita literária.
Autor
Ana Mascarenhas

Ana Mascarenhas nasceu em Lisboa no dia 28 de Julho de 1969. Trabalha há mais de 25 anos na área das Tecnologias de Informação e Comunicação. Empreendedora na área da gestão hoteleira abraçou um projeto ao qual dedicou, também, parte do seu tempo. No entanto, a sua formação académica pauta-se pela área das Letras, é Licenciada em Estudos Portugueses e Lusófonos e tem uma Pós-Graduação em Gestão de Empresas. As suas maiores paixões são a escrita e a fotografia e o seu lema de vida é Meditar, Amar e Viajar. Publicou: “Louca Sensatez”, “Em Carne Viva”, “Vazios de Escrita”, “Silêncio Denunciado”, “Os Limites do Mal” e “Iceberg Angola”.