Mandar abrir o mar

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“Mandar abrir o mar”, é uma obra mareira apoiada numa memória que em criança o pintor António Mendes viveu de perto acerca do célebre naufrágio de 1947, e que vitimou mais de centena e meia de pescadores, alguns deles com morada temporária, outros, abrigados em residência fixa em Leixões. (…) Mas também, este livro, por vezes agita-se desesperado, nas águas tormentosas e desobedientes aos pedidos piedosos contra o ‘Mar mardito’. Trata-se de uma história envolvente que o pintor não só quer macerar em forma de choro, sobre o naufrágio de 1947, como faz convergir uma manifestação de afecto ao seu avô, uma espécie de sentimento pela sua presença/ausência. António Mendes formula uma intenção, acende uma luz votiva, oferece o seu trabalho com as mãos em prece ainda manchadas de tinta e, nos lábios trémulos balbucia um clamor, uma prece, que se mistura ansiosamente na ‘cumprição de um dever’.

Categorias: , ISBN: 9789898735713

 

 

Autor

A. Cunha e Silva

A. Cunha e Silva

António Cunha e Silva nasceu em 1941, em Leça da Palmeira. Diplomado pelo Conservatório de Música do Porto, foi membro da Orquestra Sinfónica do Porto e do Quarteto de Cordas do Porto. Foi professor de violino e Presidente do Conselho Directivo do Conservatório de Música do Porto, Director da Academia de Música de Matosinhos, Conservatório da Maia e do Conservatório da Covilhã. No âmbito musical, recebeu dois prémios escolares — Fundação Calouste Gulbenkian e o 2º prémio da Juventude Musical Portuguesa. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Francês — Bruxelas e Nice. Como convidado, integrou a Orquestra Gulbenkian, nas tournés à União Soviética, China e Índia. No percurso literário de A. Cunha e Silva destaca-se a publicação de 14 livros; em 2015, foi distinguido nas “Correntes d’Escritas” com duas (2015 e 2019) Menções Honrosas, no prémio Dr. Luís Rainha. É sócio da Casa da Beira Alta, sócio honorário da Casa dos Açores do Norte, membro correspondente do Instituto D. João VI e membro da Ordem Militar de São Sebastião — Dita da Frecha. Foi/é colaborador dos Jornais: “O Comércio de Leixões”, “Matosinhos Hoje”, “Maré”, “O Badalo de Leixões”, “O Matosinhense” e revista “Notícias de Matosinhos”. Obra publicada: Óscar da Silva — Lugares de Leça. ed. C. M.Matosinhos, 2004; Óscar da Silva — Sonata Saudade. Edição do Autor, 2004; Augusto Gomes — Gente do Mar. ed. C. M. Matosinhos, 2006; Raúl Brandão — História do Batel Vae con Deus e da sua Companha. Edium Editores, Matosinhos, 2006; António Mendes - Leça, Espelho de Memória e Luz, Edium Editores, Matosinhos, 2006; Irene Vilar - Do Rumor da Água ao Som do Bronze (com Pinto da Silva). co-ed. C.M. Matosinhos e Edições Orfeu (Bruxelas), 2007; Ricardo Barros - Identidade Oceânica. Governo Regional dos Açores, 2007; Naufrágio de 1947 (com Belmiro Esteves Galego). co-ed. C. M. Matosinhos e J. F. Matosinhos, 2007; Manuel Nogueira, a Sagração do Espaço. ed. C. M. Matosinhos, 2008; António Mendes — Narrativas. ed. C. M. Matosinhos, 2009; Matosinhos, as Vozes e os Gestos (colectânea). ed. C. M. Matosinhos, 2009; Lendário de Matosinhos (2 vols, ilustrações de Alfredo Barros). ed. C.M. Matosinhos, 2009; Óscar da Silva Universo Açoriano - co-ed. Casa dos Açores do Norte, Fundação Engenheiro António de Almeida e Fundação Luso- -Americana (2012); Marés D’Escritas - Edição Orfeu, Livraria Portuguesa e Galega, Bruxelas (2016); Barcelos - Estórias Recontadas (com imagens de peças cerâmicas de João Ferreira) - co-ed. Seda Publicações / C. M. Barcelos/ Museu da Olaria, (2017); Mandar Abrir o Mar (com pinturas e desenhos de António Mendes) - co-ed. Seda Publicações / C.M. Matosinhos, (2017). No Reino do Cavaleiro Cayo Carpo (com imagens de peças cerâmicas de João Ferreira) - edição da C. M. Matosinhos (2019). Acantos Poveiros, Seda Publicações, 2020. A Musicalidade da Pintura, Seda Publicações, 2021.