O Cio da Serpente, Joaquim Murale
Apresentações:
8 Junho, Sábado, 16h00, Casa do Alentejo, Lisboa
15 Junho, Sábado, 11h00, Livraria Unicepe, Porto
A obra que o poeta, ficcionista e dramaturgo Joaquim Murale intitulou O Cio da Serpente, e dada a extensão do seu número de composições poéticas, constitui um fresco monumental que procura retratar a condição humana na sua relação com o Tempo e com a História. (…) Face a essa monumentalidade e à sua temática humanista, podemos aferir acerca da sua eventual compleição epopeica: dir-se-ia estarmos na presença de uma «epopeia» criada fora do tempo das grandes epopeias clássicas da Europa do Renascimento, embora delas se aproxime no que respeita a alguns dos seus aspectos.
Esta poderosa experiência individual, convertida e materializada no poema, em todos os poemas, é o resultado vivificador de levar o poeta a transportar dentro de si «as dores herdadas», bem como as dores e os sacrifícios «dos tempos que estão por vir». Esta quase inaudita capacidade de arcar com o sofrimento universal, de o compreender e de o materializar em palavras, faz com que o poeta assuma uma condição crística, uma compleição messiânica, uma entidade próxima do divino.
do prefácio à obra, por José Fernando Tavares, ensaísta e escritor.