Tenho formação de tradutor e o presente trabalho é uma proposta de ‘tradução’ do ‘documento’ representado pelas covinhas do Altar com Covinhas encontrado no Castro de Guifões por Joaquim Neves dos Santos, a cuja memória dedico este trabalho. O Leitor que discordar desta minha proposta fica desde já convidado a apresentar o seu contributo com opinião diversa e construtiva.
O chamado ‘homem primitivo’, ao levantar os olhos para o alto e vendo o Sol, a Lua, as estrelas, a sucessão do dia e da noite, da época quente e da época fria, e da vida e da morte, sentia bem no seu íntimo a presença de algo de superior, divino, inatingível, que, não sabendo interpretar, o atraía para algo diferente, oculto, sagrado, pensamento este que quem modernamente se deixa amarrar pelo pensamento exclusivamente científico – imprescindível, aliás! −, substituindo, ou tentando substituir, aquele por este, talvez tenha dificuldade em o entender – ou não o entende mesmo.