Dia Grande para Gente Pequena

Dia Grande para Gente Pequena

                

Apresentações

3 de novembro, 6.ª Feira, 18h00 – Biblioteca Municipal de Vila Real 

4 de novembro, Sábado, 15h00 – Matosinhos

Paulo Seara ajusta contas com as telas desbotadas de um sótão peregrino onde ficou sem ficar uma constelação de ideais que o tempo imortaliza nas pinturas incompletas de uma sociedade que não sabe ser pássaro. (…) Dia Grande para Gente Pequena é uma poesia vigorosa que perante uma humanidade onde os dias chovem lâminas deixa em aberto a forte possibilidade de um homem poder ser uma montanha tão grande quanto o tamanho dos seus dias a cumprirem-se. (Nelson Ferraz)

Paulo Seara é, falando a rigor, o Poeta militante, o Apóstolo da Ideia. E ele batalha, e ele labuta, por o sonho, as belas-letras e a lauta Liberdade. E por o Pão partilhado no banquete e na adiafa. (…) Acata, aceita, a Luz do lhano e do Génio; não respeita, nem acata, as autoridades, por mais plutocratas que elas se apresentem. Que o estilo, meu caro, é o homem, as letras não são tretas, e o carácter se desvenda através dos caracteres. E a maior autoridade, mas essa, agora, racional ou razoável, ela vem, de facto, daquele que é Autor. (Paulo Jorge Brito e Abreu)

Dia Grande para Gente Pequena de Paulo Seara, elenco de memórias reincidentes no gume. Epicentro do enredo alagado onde o ego com a passagem do tempo troca o espelho pelo bunker. Neste livro a nicotina cognitiva oprime. O hipotálamo não suporta a turbulência de vencimentos do Neolítico. E a amniótica corrupção perfila homens idolatrando a barbárie. O autor tenta mostrar-nos insistentemente que somos uma dinastia de cérebros áridos com o astrolábio em erosão. Nas múltiplas janelas para a limalha, aprendemos: o poema é a intimidade de um desequilíbrio que leva a fissura ao cume. (Alberto Pereira)

uma busca pela igualdade e o poeta busca o “sol dessa igualdade”. O poeta emigra e observa o caráter abrupto e dual dos contextos migratórios: “Nunca estive um dia no fundo de desemprego / Tu deves estar no rendimento mínimo”. A esquizofrenia comportamental do emigrante faz oscilar o poeta entre “O riso de Demócrito” e “A dor de Heráclito”. A revisitação das origens traça um roteiro pela ruralidade duriense e expressa um certo saudosismo: “Asfaltem-me a estrada para a minha aldeia / Que em Agosto vou lá estar”. O imperativo, quase em súplica, do emigrante que quer voltar, mas que ainda não encontra asfalto para poder voltar. (Cristiana Oliveira)

 

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