Alminhas de Matosinhos – Pequenos templos e grandes devoções

Alminhas de Matosinhos – Pequenos templos e grandes devoções

     

Lançamento:

Sábado, 23 de Setembro, 16h00
Mumma
Museu da Memória de Matosinhos

 
Apresentações:

Sábado, 4 de Novembro, 16h30, JF Matosinhos (Salão Nobre Guilherme Pinto).

Evento incluído na programação do Outono Cultural da JF Matosinhos-Leça da Palmeira

Terça-Feira, 14 de Novembro, 14h30, Universidade Sénior Florbela Espanca,  Matosinhos.

 

Sobre a obra

Segundo alguns investigadores, estes monumentos populares, representam um Património Cultural Português. A sua origem deve remontar ao século XVI e difundiram-se  a partir do século XVIII. Para o investigador Leite de Vasconcelos a sua proveniência remonta ao período pré-romano, tanto as Alminhas, como os Cruzeiros, são criações do cristianismo, influenciados pelos marcos de oração dos pagãos.

As Alminhas, monumentos de Fé, são o ponto de encontro de cada pessoa com Deus, construídas na borda dos caminhos ou de encruzilhadas, são reproduções populares das almas do purgatório, que frequentemente emergem em nichos, micro capelinhas, padrões ou embutidas em muros. A edificação destes monumentos com a figuração do purgatório, ideia que adveio da Idade Média, uma vez que, no cristianismo primitivo só existia o Céu e Inferno. Este lugar intermédio surgiu na sequência do Concilio de Trento de 1563, com o objetivo de criar um local intermédio onde as almas permaneceriam durante um determinado período de tempo para se depurarem.

No atual concelho de Matosinhos chegaram aos nossos dias catorze monumentos distribuídos em quase todas as freguesias, simbolizando esta arquitetura religiosa de tradição popular.

Erguidas nas encruzilhadas, em locais rurais na envolvência de caminhos muito antigos, muitos deles associados a caminhos de acesso aos espaços religiosos, como Igrejas ou espaços conventuais, sacralizando também os itinerários religiosos. Estes pequenos monumentos, pequenos templos, tem sido locais com grandes devoções ao longo de dois séculos. Estas expressões tão representativas da religiosidade popular portuguesa, este legado devido á modernidade relegaram a sua expressividade primordial, passando a ser locais menos notados. Estes monumentos, estes marcos históricos, simbolizam um tempo, uma cultura, contam uma História.

 

 

 

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