Sopro de Futuro

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E quando João Repolho, o capitão de Abril, é, ao mesmo tempo, o poeta Julião Bernardes, tal significa que, para além das questões da guerra e da paz, é simultaneamente um homem com raízes humanistas, preso ao bem-querer, aos afectos, ao bem-comum, à cidadania plena, cujas preocupações vão muito mais além das consequências imediatas do acto revolucionário que acabara de consumar-se. Não que o capitão se julgue credor de gratidão eterna, pois nada quisera em troca, ou guardião das consciências alheias, mas porque o poeta tem por seu fim empenhar-se com afã na revolução social capaz de levar cada homem a um patamar mais elevado de saber, cultura, autonomia e conforto que o façam dono de si próprio – corpo e consciência. Está implícito nos princípios de cada revolução, sem ser necessário enumerá-lo, que o primeiro dos muitos objectivos que possa carregar é, sempre, o de proporcionar ao homem um quinhão maior de liberdade, aproximá-lo um passo mais do destino que persegue. (do prefácio à obra, por Joaquim Murale)

REF: GU3572214 Categorias: , , Etiqueta: ISBN: 9789893572214

formato 14×22,5  | 156 páginas

ISBN: 9789893572214 | Junho 2024

Autor

Julião Bernardes

Julião Bernardes viu-se tomar forma em 4 de Julho de 1944, na freguesia de Lapas, concelho de Torres Novas, distrito de Santarém. O seu autor, nascido em 5 de Março de 1939 na mesma aldeia, reside desde 1975 em Monte Abraão, Queluz. Fez o curso dos liceus pelo Colégio Andrade Corvo, de Torres Novas, tendo ingressado na Escola do Exército (hoje Academia Militar) em1957, onde frequentou o Curso de Infantaria. Fez quatro comissões de serviço no Ultramar, de 1961 a 1974: Angola (1961/63 e 1964/66); Moçambique (1968/70) e Guiné (1972/74), tendo sido condecorado, entre outras medalhas, com duas Cruzes de Guerra. Fez parte desde o início do Movimento dos Capitães. Encontra-se reformado, no posto de Coronel. Tem a seguinte obra publicada: (em Poesia) Sombras de Pessoa(s), 1992, Gresfoz, Colecção Ponte; 96 quadras em jeito de missão – 1992, Gresfoz, Colecção Ponte; O Corpo na Vertigem, 1999, Universitária Editora, Univ. Poesia; Lapas - Vivências da Juventude, 1999, Universitária Editora; Na Cinza do Silêncio, 2000, Gresfoz, Colecção Ponte; Da Luz e das Sombras, 2000, idem; Do Amor e do Tempo, 2000, idem; Ser Pássaro, 2004, idem; Por Dentro dos Instantes, 2004, idem; Ao redor da Vida (sonetos), 2008, edição de autor; O Pássaro da Sede, 2009, edição de autor; Do Corpo ao Rosto, 2014, Versbrava Editora; O Grito - Ensaio sobre a Lucidez, 2016, Seda Publicações. (em Prosa) Um Grito de Gaivota, 1999, Gresfoz, Colecção Ponte; Dois Autores/Dois Textos, 2004 (em parceria com Rui Cacho, com a parte "Tudo É Aparente"). (traduções para Castelhano) O Mar do Nosso Feitiço, 1998, de Ulisses Duarte, Universitária Editora; Um Corpo de Três, 1998, de António Manuel Couto Viana e José Cúcio, Vega Lda; Mar-Mundo, 1998, de João Baptista Coelho, Universitária Editora; Esboços Pessoanos, de Joaquim Evónio de Vasconcelos; Palavras com Distância, de Ulisses Duarte. (traduções de Castelhano para Português) Habitante del Bosque, de Juan Delgado López; El Sueño de una Noche de Ginebra, de Juan Delgado López.