Um Espaço de Identidade

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“Um Espaço de Identidade. O Cemitério nº 1 de Matosinhos. O ‘ritual de despedida’ em Matosinhos nos finais do séc. XIX”. Os estudos sobre os cemitérios constituem um assunto de ampla importância. As diferentes atitudes perante a morte e as crenças religiosas, a evolução das técnicas e os progressos científicos, os movimentos arquitecturais e as limitações urbanísticas ou jurídicas são elementos que, através dos séculos, influenciaram o tratamento concedido aos locais de inumações. Qualquer cemitério é um espaço com uma grande carga cultural e simbólica. Retrata as preocupações das sociedades ao longo dos tempos quer para com os seus mortos, quer para com a própria morte. O presente trabalho contempla duas partes. Na primeira será abordada a problemática da abertura dos cemitérios em Portugal, a mentalidade que lhe serviu de suporte, a forma como se organizou o cemitério nº1 Municipal de Matosinhos e o seu valor histórico. A sua leitura permitirá verificar em que medida ele constitui a imagem em pedra de uma memória colectiva. A segunda permitir-nos-á acompanhar, através de notícias das páginas do Monitor, um jornal local que constitui o arquivo documental de uma boa parte da memória colectiva de Matosinhos de então, o desenrolar do novo ritual de despedida dos que partiam para o Além.

Categoria: ISBN: 9789898683953

 

 

Autor

Isabel Lago

Isabel Lago nasceu no Porto a 20 de Otubro de 1942. Tem, no entanto, residido sempre em Matosinhos. Licenciada em Filosofia (1962/67), em História (1979/83) e Mestre em História Medieval (1985/89) pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Concluiu o Mestrado com a defesa da tese "A Ordem de Santiago em Portugal na Baixa Idade Média (Normativa e Prática)", tendo publicado entretanto numerosos artigos sobre o tema em revistas nacionais e estrangeiras. Após o Mestrado, dedicou-se fundamentalmente a estudos de História local que foram publicados no extinto Boletim da Biblioteca Municipal de Matosinhos, na revista do Fórum Matosinhense, na "Matesinus" e nos jornais "O Comércio de Leixões" e "Jornal de Matosinhos". No domínio da ficção publicou o poemário “Voos” .