Na cidade do Porto, as confeitarias, com o significado que hoje lhe atribuímos, estabelecimentos de comércio fixo, especializados em doces, guloseimas, conservas de fruta e certo tipo de salgados, datam de meados do século XIX. Todavia, em os hábitos alimentares portuenses, os doces remontam a épocas muito anteriores.
Neste acompanha-se o percurso da arte de confeitar na urbe até ao aparecimento das ditas lojas de fabrico e venda doceira; tal percurso acompanha a evolução económica e social da cidade e, obviamente, do país.
Traça-se também um retrato das principais e mais emblemáticas confeitarias portuenses: umas já não existem, outras mantêm-se ainda, perpetuando a arte de confeitar portuense e um estilo a atmosfera do Porto que nenhum local quer perder.
Autor
Maria Gabriela Oliveira
P ortuense, natural da freguesia de Cedofeita, vive na cidade onde nasceu. Licenciada em Ciências Histórico-Filosóficas pela Universidade de Coimbra em 1970, possui o curso de Arquivista do Arquivo Secreto Vaticano e a especialização em História Religiosa pelo Centro de Estudos de História Religiosa da U.C.P de Lisboa. Exerceu funções docentes como Leitora de Língua e Cultura Portuguesas em Itália e foi professora do Ensino Secundário e da Universidade Católica C.R.P. Investigadora, participou com comunicações em diversos congressos e colóquios nacionais e internacionais, publicou artigos e ensaios em revista como a Revista Museu, Via Spiritus, Revista de História da Espiritualidade e do Sentimento Religioso da U.L. Porto, Revista O Tripeiro, Boletim da Associação Cultural Amigos de Gaia, e em alguns jornais regionais do Alto Minho. De sua autoria os volumes: “Diogo de Macedo - Subsídios para uma biografia crítica”, Vila Nova de Gaia, 1974; “Atmosferas do Porto - A Casa Barro (1887-1970)”, Porto, 2010; “Riba de Âncora - Lugares e Memórias”, Riba de Âncora, 2012; “A Capela dos Santíssimos Nomes de Jesus, Maria, José - Recortes de História de Riba de Âncora”, Riba de Âncora, 2015; “Confeitarias do Porto 1855-1955” em 2018.
