o Alfabeto dos Astros
O poema, ou poemas, de Ricardo Gil Soeiro são mais longos do que a língua ou a respiração deles permite. Tal é o ganho que os afecta. O poema é um deslize. E um e-mail, instantâneo, demorado, a partir dos astros, dos outros, do espelho. A vida parece, desaparece, faz sinal. Uma vez começada é um fumo que nunca se sabe bem por onde vai. Solitária e tribal (Gil de Carvalho “Uma pequena nota sobre o Alfabeto dos Astros” Nesta poesia, a morte não é fissura nem ferida, sequer, apenas uma passagem para a eternidade: “se um dia morri,/foi para acordar em tua alma” O poema faz-se para alcançar a memória de outros, liquefaz-se e retoma novas configurações, matéria alquímica que não se esgota porque a magia da linguagem jamais se esgota. Vai-se a presença, o amor, abrem-se feridas improváveis que a luz da palavra salva.” (Maria João Cantinho, “Da ruína da palavra à magia do nome: a tarefa (im)possível?”)
Autor
Ricardo Gil Soeiro
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