Magnólia
Neste seu primeiro livro, Carmen Dessa vai deixando um perceptível rasto
da sua existência, de quando menina, das saudades de ser menina, dos
amores, das mágoas e das dores, da saudade, das vivências, dos cheiros,
das Magnólias, das duas grandes duas magnólias da casa dos avós, e da
“Marselhesa”, sim da “Marselhesa”, a simbólica liberdade ouvida na
grafonola do avô que ainda hoje ressoa em mensagem na sua “ausente
presença”.
A poesia de Carmen Dessa não é particularmente complexa nem na forma
nem no conteúdo; faz a junção perfeita entre o real e o sensorial, cria um
mundo passível de ser percebido pelos sentidos; podemos, assim,
caracterizar como dominante uma poética dos sentidos tantas as
evocativas imagens, impressões visuais, a fusão de cores de odores, sons e
movimentos.
Edição: 2013