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Gabriel Raimundo nasceu nas abas da Serra Estrela - Tortosendo, concelho de Covilhã - ancorou na orla da lendária Capa Rica (Costa Charneca - Almada) na década de 70. Entretanto conheceu Luanda entre 1962 e 64, na área da escrita contabilística e num ambiente de subtil discriminação racial que o incentivou a aprofundar a vocação literária, vislumbrada na fase das redações escolares.

A veia da criatividade deu vazão a textos poético e de prosa, no fervilhar da utopia despoletada e Maio de 68, em Paris enquanto exilado político no seguimento do Não!, ao embarque para a Guiné--Bissau como Alferes Miliciano.

Na Cidade-Luz, pugnou pelo esclarecimento civilizacional dos nossos patrícios, designadamente nas páginas do Jornal do Emigrante na qualidade de Diretor, em estreita colaboração com uma equipa também dinamizada por Moisés Espírito Santo, hoje Sociólogo. A urbe pulmão do Humanismo Universal aproximou-o de indomáveis lutadores pela implantação de um urgente regime assente na Liberdade em Lisboa e arredores.

A sua faceta jornalística encontra-se impressa em díspares órgãos de cariz informativo e cultural entre os quais, Jornal do Fundão, O Diário, Diário do Sul, Diário do Alentejo, Imenso Sul, Revista, Casa do Alentejo, Artes e Letras de Expresso, Portuguesa na Diáspora, Revista do Correio da Manhã, Boletim da Liga dos Amigos de Tortosena.

E, para além de trabalhos inseridos em publicações de Paris, e dos Açores (por ocasião do servir militar), o Autor reanimou o Voz di Povo (Praia, Cabo Verde) no período de 1988 a 92, como formador e membro da Redação, após ter editar em Lisboa o Portugal Cá & Lá. 

Um ciclo de 7 anos no Alentejo, com poiso principal em Évora, culminou com dois volumes de entrevistas - Alentejo 2000 - Novos Tempos, e Alentejo - Desafios de Agua - previamente divulgadas no Diário do Sul, com o encorajamento do Diretor, Manuel Madeira Piçarra e igualmente seus entusiastas filhos, sintonizados com os horizontes promissores do moreno e sofrido território.

A colaboração intensa - no emblemático quotidiano eborense - coexistiu com a participação noutras publicações regionais e foi antecedida por nova modalidade na Comunicação, durante cerca de cinco anos. Precisamente - como Assessor no domínio da Informação Autárquica - na Câmara Municipal de Évora.

O Senhor Presidente é o 16.° livro de sua autoria (7 romances, 2 infanto-juvenis, 2 de crónicas, 2 de estórias, 1 monografia, 2 de entrevistas). Neste período criativo - de Dezembro de 1979 (na estranja) ao presente - colaborou em 5 obras coletivas, organizou e prefaciou as criações de 3 Poetas Populares.

Figura em coletâneas diversas, com destaque para a Literatura Actual de Almada (1997). De destacar também a participação na Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial, editada em Junho de 2011.