Emilio Miranda_s

Emílio Gouveia Miranda nasceu em Luanda, Angola, em 1966. Em 1975, em resultado da guerra colonial, vem viver para o Norte de Portugal de onde os pais são originários, mais concretamente para uma aldeia chamada Lordelo, próxima de Vila Real, para onde mais tarde vem residir. É o contacto com esta realidade, naquela época difícil, mas mágica, de espaços abertos no verão e horizontes fechados nos longos invernos, com montes e vales cobertos de névoas e geadas, feita essencialmente de granito e tão diferente daquela deixada para trás, que definitivamente o vai marcar. Uma realidade na qual era possível conviver com costumes tão surpreendentes como a matança do porco, a vindima e a pisa do vinho, a agricultura segundo os preceitos mais tradicionais e onde a religião e as práticas supersticiosas se confundiam.

Entretanto, vai ensaiando os primeiros textos em prosa, dos quais resulta, em 1985/86, o seu primeiro livro inédito, a que deu o título de A Última Vinda de Marte, retratando a derradeira guerra travada pela humanidade. É este primeiro texto de fôlego que definitivamente o encoraja a prosseguir. Vai, entretanto, escrevendo pequenos textos que guarda na gaveta até que a ideia de uma história sobre a fundação de Vila Real começa a ganhar forma. As primeiras páginas desta obra, que intitula desde logo A Princesa do Corgo, são escritas em 1986, mas apenas em finais de 2008, após cerca de 22 anos de trabalho intermitente, a vê concluída, sendo editada em 2009, por mão da Planeta Editora.

Em 2011, foi eleito um dos cinco autores Novos Talentos FNAC, com o conto João, o Trovador e viu também editada aquela que é a sua primeira obra de poesia, intitulada Uma Árvore Intemporal, sob a chancela da Edium Editores, por quem editou também a coletânea de contos, De Névoa e de Vento Do Tempo e Outros Velhos, no género prosa poética.

Em 2012, através da Alfarroba Edições, viu publicado Uma Linha de Torres  –  a história de uma resistência, romance de cariz juvenil, que tem por cenário a construção das Linhas de Torres Vedras e nos transporta ao tempo das Invasões Francesas.

Integrou ainda a coletânea da Esfera do Caos Contos do Nosso Tempo, com o texto As (In) conveniências de Deus e a sua aguardada obra O Livro dos Mosquetes, romance histórico que narra a chegada dos portugueses ao Japão, no século XVI, viu a luz do dia por mão da Saída de Emergência.

Por se ter distinguido como escritor e no campo da cultura, a Câmara Municipal da Barquinha atribuiu-lhe, no dia 13 de junho de 2012, a Medalha Municipal de Mérito – Grau Prata.

Em 2013 integrou quatro coletâneas de poesia, respetivamente: Antologia da Moderna Poética Portuguesa (Seda Publicações), Entre o Sono e o Sonho (Chiado Editora), Audaz Fantasia (Editora Universus) e Manifesto Anticrise (Edições Vieira da Silva).